quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Alianças do Passado - Parte 3

 
 
Libertação Entre os Cristãos Primitivos

Fiquei grandemente surpreso após ler o livro, Vozes do Cristianismo Primitivo, da autoria de E. Glenn Hinson e Paulo Siepiersk, e ter descoberto como os cristãos primitivos levavam a sério a questão da libertação entre aqueles que estavam se chegando ao cristianismo. O Dr. Hinson escreveu neste livro um capítulo chamado – ‘O Batismo na História da Igreja Primitiva’, onde procura mostrar tanto a maneira como os cristãos dos primeiros séculos viam o batismo assim como a necessidade da preparação para o mesmo.Sua pesquisa abrangeu até o ano 200 d.C. Segundo ele, embora não tenhamos a necessidade da imitarmos a formulação exata de como se processava o batismo, devemos no entanto, considerar a sua riqueza e conseqüentemente implementarmos isto nas nossas igrejas.

Primeiramente, Hinson diz que a idéia do batismo na igreja primitiva, segundo os moldes do novo testamento, estava na participação de cada cristão no triunfo de Cristo sobre satanás. Isso era extremamente importante para aquela época, pois era comum entre aquelas sociedades o medos dos espíritos; até mesmo entre os mais intelectuais. O Cristianismo veio apregoar que Cristo com sua vinda, morte e ressurreição, despojou e destruiu todos os principados e potestades, não havendo mais razão para o medo. Haveria agora a necessidade do homem render-se ao senhorio de Cristo, para que pudesse também participar de Sua vitória. Foi o que milhares de pessoas fizeram!

Em segundo lugar, diz também Hinson,

“Por volta de 200 d.C., a igreja oferecia um programa intensivo que almejava preparar o cristão em seu combate espiritual contra os principados e potestades. (...) Por trás desse objetivo estava o seguinte raciocínio: antes de se tornar cristão, acreditava-se, o convertido era súdito de Satanás, sendo literalmente, e não apenas na teoria, mantido cativo. Isso era verdade em relação a todos os cidadãos do ‘mundo’, a esfera dominada por Satanás. O caráter e os hábitos desses cidadãos tinham sido moldados por poderes demoníacos; estavam servindo Satanás em suas vocações e ocupações. (...) Quando uma pessoa se tornava cristã, deveria quebrar o jugo dos espíritos e não deixar nenhum vestígio do controle deles, para que ela pudesse se submeter totalmente a Cristo e participar em seu reino”

O que podemos ver com este comentário é que a igreja assim que recebia um novo na fé, além de levá-lo a Cristo (o que seria o principal), também o acompanhava até que estivesse plenamente livre dos laços do diabo. Os informes históricos deixam claro que nem todos eram livres automaticamente no momento de sua conversão; alguns casos, realmente demandavam um forte acompanhamento por parte da igreja, devido aos envolvimentos passados que tivera. Mas nem todos os bispos estavam dispostos a receber determinados indivíduos que traziam fortes jugos espirituais para a igreja. No terceiro século, o bispo Hipólito de Roma, por exemplo, não permitia sequer que aqueles que vieram das práticas mágicas recebessem instruções preliminares, visando o batismo . No entanto, diz Hinson, “a igreja [de modo geral] aceitava todos os que quisessem mudar seus hábitos e ocupações, certa que Cristo poderia verdadeiramente transformar a vida deles (...) Mas, uma vez que a igreja aceitava um dos escravos de satanás, investia com toda a sua força para liberta-los dos espíritos”.

Conforme estudamos em Atos dos Apóstolos, quando ali a igreja estava em sua origem e desenvolvimento, qualquer pessoa assim que se entregava a Cristo, era imediatamente batizada. Mas esta realidade mudou ainda no primeiro século. Por volta do ano 95 d.C, foi escrito um pequeno manual para os novos na fé chamado ‘O Didaquê’. Agora, todos que quisessem ser batizados, precisariam passar por um curto período de dias ou semanas, onde neste tempo, recebiam orientações sobre a fé que agora estavam abraçando. Entretanto, por volta do ano 200 d.C, segundo os relatos de Hipólito, a igreja passou a exigir um período de até três anos de instrução pré-batismal, embora, períodos mais curtos fossem também comuns. A igreja tomou estas medidas, pois viu a extrema importância que era o testemunho em uma época de tantas perseguições. A vida dos cristãos deveria mesmo diferenciar-se da dos demais. Era, pois inadmissível estar na igreja e vivendo como se fosse um mundano. Se o batismo, implicava dentre tantas coisas, a inclusão do indivíduo no corpo local, começou-se a vigiar com rigor os que estavam se achegando ao cristianismo e a observá-los para ver se verdadeiramente eram convertidos. Por isso, a exigência de um período às vezes tão longo de preparação para o batismo.

Um outro fator que levou os cristãos primitivos a prepararem melhor as pessoas para o batismo, foi também a importância de estarem totalmente libertos. Exigia-se a total libertação dos demônios, antes que alguém fosse imerso nas águas do batismo. Por isso, assim que uma pessoa convertia-se, passava por várias sessões de exorcismo. Veja o que diz a tradição apostólica de Hipólito de Roma escrita em 215 dC,

“Os que são trazidos, pela primeira vez, para ouvir a Palavra sejam primeiramente conduzidos à presença dos catequistas – antes da entrada do povo – e sejam interrogados sobre o motivo pelo qual se aproximam da fé (...) Se alguém estiver possuído pelo demônio, não ouça a palavra da doutrina, enquanto não for purificado (...) Escolhidos os que receberão o batismo, sua vida será examinada (...) Desde o momento em que houverem sido separados, seja imposta a mão sobre ele, diariamente, e ao mesmo tempo sejam exorcizados. Aproximando-se o dia em que serão batizados, exorcize o bispo cada um, para saber se é puro. Se alguém deles não for bom ou não for puro, seja posto à parte: não ouvia a Palavra com fé – porque é impossível que o estranho se oculte sempre”

Comentando sobre os vários exorcismos que os recém convertidos recebiam, o Dr. Glenn Hinson, responde, “Os exorcismos eram importantes porque expulsavam as hostes satânicas que oprimiam os catecúmenos até que o Espírito Santo os libertasse de uma vez por todas” . Devemos ainda lembrar o que já foi dito por Hinson, que assim que a igreja recebia um escravo de satanás, ‘investia com toda sua força para libertá-lo dos espíritos’.

Uma outra coisa importante para se dizer, é que além dos exorcismos, os documentos históricos da igreja nos mostram também que os novos cristãos deveriam não só aceitar a Cristo e a verdade bíblica, mas também renunciar ao diabo, sua pompa e todo serviço que lhes prestaram no passado. “Teatro, corrida de cavalos, caça, oração em templos de ídolos, adoração a ídolos, adivinhação, leitura dos vôos dos pássaros, uso de amuletos e todas as outras coisas que pertenciam à ‘pompa’ e ‘serviço’ de Satanás tinham que acabar. Tais coisas, Niceta de Ramesiana explicou, ‘são as correntes da serpente, as quais são algemadas nas almas das pessoas e as levam para prisão do inferno. Quando uma pessoa renuncia a Satanás, arremete as correntes para trás de suas costas ‘na face do inimigo” . Acerca da importância da renuncia ao Diabo, disse S. Cirilo, bispo de Jerusalém no quarto século, “Quando então, renuncias a satanás, rompendo todo pacto com ele, quebras as velhas alianças com o inferno”.

Podemos ver com estes comentários que a renúncia a satanás tornou-se algo fundamental para a libertação na vida dos cristãos daquela época. Uma coisa interessante é que esta prática de ‘renunciar ao diabo e sua obras’ perpetuou-se alcançando várias igrejas depois da reforma. Ela está presente, por exemplo, nos rituais da Igreja Anglicana e Metodista, onde ali antes do batismo, faz-se uma declaração formal de abjuração e renúncia; é claro que não de forma tão específica como faziam os cristãos dos primeiros séculos. Muito embora, o ritual tenha caído em mera formalidade em muitas destas igrejas denominadas históricas, o fato de estar presente nas mesmas, demonstra a importância que teve tal prática durantes os séculos cristãos.

Finalmente, gostaria de dizer que o que estes autores citados anteriormente, como Neil Anderson, Mark Bubeck e Kurt Koch, estão fazendo é retomando um ensino que por nós foi abandonado. No entanto, na prática de libertação dos oprimidos, levar alguém não só a confessar seus pecados a Deus, mas também a cancelar todos os pactos e alianças passadas feitas com o Diabo, tem se mostrado fundamental para a sua libertação.

Extraido: http://www.secrai.com.br/portal/modules/articles/article.php?id=12

Quem são os Illuminati - Parte 7


Vejam abaixo a parte 7 deste especial



sábado, 16 de outubro de 2010

Quem são os Illuminati - Parte 6

Ops! Tivemos um equivoco, a parte 5 não foi a final, vejam aqui mais uma parte deste especial, repleto de informações muito uteis, e que vão te surpreender pelo conteudo!
Acompanhem abaixo:


Alianças do Passado - Parte 2



O Contexto Prático

O meu objetivo com este capítulo é mostrar que as pessoas se convertem, renovam suas alianças com Deus, passam a ter uma nova vida, mas infelizmente, em muitos casos, permanecem ainda presos a pactos passados; assim como Israel. É preciso tratar com cada uma dessas alianças, renunciando-as. Temos aconselhado várias pessoas com estes problemas. Lembre-se, por exemplo, do caso que citei no quinto capítulo – “aliança com os deuses”: uma senhora que sofria o efeito de uma aliança feita há 13 anos, através de um vodu. Após ser liberta, questionou-me, “mas Alcione, como pode isso!? Fiz isto há 13 anos e isso hoje ainda me prejudicava?.”. Lembro-me de um outro caso, em que num evangelismo de carnaval que eu participava, auxiliando na área de libertação, fui procurado por um jovem de mais ou menos uns 30 anos. Ele fazia parte de uma igreja tradicional, tinha 10 anos de convertido, mas estava sendo constantemente atormentado pelos demônios. Veja o que me disse, “Alcione, eu tenho 10 anos de convertido ao Senhor, mas a minha vida tem sido um inferno. Vim da magia negra e lá fiz diversos pactos, uma coisa horrível. Isto tem me trazido seqüelas enormes. Vejo demônios por todos os lados e até dentro da minha igreja, mas não posso falar isso com o meu pastor, pois ele não me entenderia. Eu não sei o que faço, preciso de sua ajuda”. Ele continuou relatando seu caso para mim e mais adiante disse algo que me impressionou. “Alcione, minha vida sentimental é uma bagunça. Eu não consigo me relacionar com ninguém, por mais que eu me esforce. Lá na magia negra fiz um ritual terrível. Cheguei a me casar com a pomba-gira. Entenda bem, não cheguei a consumar o rito (o dia já estava marcado) mas com as minhas palavras realizei isto lá. Embora não tenha comparecido no dia marcado para o ritual do casamento, com minhas palavras me liguei à pomba-gira. E lá é assim, pastor, se falamos, eles mais tarde vem nos cobrar. Sinto que é por causa deste espírito que ainda me acompanha, que não consegui ainda viver feliz na minha vida afetiva”. Após escutar o relatório deste jovem, levei-o a renunciar todos os votos que fez na magia negra assim como os pactos com a pomba-gira, expulsamos todas estas entidades, confessamos pecados ainda não expressos a Deus. Foram gastos quase umas dez horas na ministração deste moço, mas os resultados foram tremendos. Um dia estava passeando na praia e quem eu vejo? Este amado irmão que eu havia ajudado em sua libertação. Contou-me agora como estava sua vida espiritual, uma grande bênção! Sentia-se livre em Cristo. Agora, não faz mais de duas semanas que eu o vi novamente e ali fui descobrir que já estava casado e muito feliz já fazia um bom tempo. E ele me disse, “Alcione, aquela ministração que você fez me ajudou tremendamente. Desde aquele dia me senti completamente livre, pra glória do Senhor!”. Eu fiquei tremendamente grato a Deus por isso que fizera. O nosso Deus é maravilhoso!
Mas não é só o caso deste jovem, que padecia de opressões por causa das práticas espíritas do passado, ainda não renunciadas. Tenho visto através de incontáveis relatórios (tanto meus como de outros autores) que aqueles que vem de práticas ocultistas (e também idólatras) e que ainda não renunciaram estas alianças, sofrem muitas vezes de inúmeras opressões. São constantes dores do corpo, não conseguem ler e entender a Bíblia, dormem nos cultos, escutam vozes, etc. Estão de fato presos espiritualmente falando. É de suma importância levarmos estas pessoas a quebrarem todos os pactos que fizeram no passado.
Mas não são somente vínculos ocultistas que podem permanecer após a conversão; ligações sexuais também, conforme abordei em capítulos anteriores. Tenho visto muitos se converterem, mas continuarem presos a parceiros do passado. Agora a pouco, em uma de nossas aulas no Secrai, após fazermos uma ministração de libertação com todo o grupo, permitirmos que alguns alunos dessem seu testemunho do que Deus havia feito. Que palavra interessante foi a de uma irmã. Disse que semanalmente tinha sonhos com o primeiro namorado com quem se relacionara abrasadamente (não mencionou que teve ato sexual, mas eu supus que sim). Ela foi corajosa de colocar isso para todo grupo. Sendo sincera em sua fé e também com a consciência pesada, disse ter falado e pedido ajuda ao marido para que orasse, mas nada de adiantar. Não passava uma semana sem ter o tal sonho com o primeiro namorado. Esta irmã chegou para o seu pastor e disse, “Pastor, me ajuda, eu me sinto presa ainda ao meu primeiro namorado, tenho sonhos noturnos constantes com ele. Não consigo ficar livre disto”. Segundo ela, seu pastor já havia orado e nada. Veja só o resto de seu testemunho, “Quando o pastor Alcione disse que precisávamos orar desligando-nos espiritualmente de parceiros passados, quebrando com eles qualquer aliança, eu me propus a fazer isso em relação a este primeiro namorado. Meus irmãos, fiquei perplexa, enquanto dizia o seu nome e declarava em nome de Jesus que eu estava desligada dele, senti como se uma coisa estivesse sendo arrancada de dentro de mim, parecia que eu estava sendo rasgada por dentro. Não sei se os irmãos viram, mas chorei muito ali atrás durante o tempo que estive orando por isso...Mas foi tremendo! Após estas duas semanas que passaram, pude experimentar uma nova liberdade em Cristo. Não tive mais sonhos com ele, não me sinto mais ligada a ele, amo o meu esposo profundamente. Eu estou livre!!!”. Toda a turma não se conteve, e batemos muitas palmas para o nosso Deus, pois Ele merece. Aleluia!!!

A Opinião de Vários Estudiosos

Interessante foi que lendo vários autores, descobri que o Espírito Santo tem mesmo instruído muitos que militam no campo de libertação a levarem as pessoas a fazer uma espécie de ‘oração de renúncia’ em relação aos pactos passados. Um desses autores é Neil Anderson. Ele é chefe do departamento de teologia prática da Universidade de Biola, possuindo ainda três pós-doutoramentos. O Dr. Anderson tem sido poderosamente usado por Deus em várias partes do mundo em área de libertação e tem descoberto também a importância de levar as pessoas a renunciarem vínculos com os antigos deuses como parte integrante de sua libertação,

“...O primeiro passo em Cristo é renunciar a seus envolvimentos atuais ou passados com práticas de ocultismo, ou falsas religiões, inspiradas por Satanás. Talvez você tenha tentado, no passado, uma porção de modos de resolver seus problemas espirituais e encontrar sentido para sua vida. Qualquer atividade ou grupo que negue a Jesus Cristo, ofereça orientação mediante qualquer fonte alheia à absoluta autoridade da Palavra escrita de Deus, ou requeira ritos de iniciação deve ser abandonada (...) A igreja primitiva incluía em sua declaração pública de fé: ‘Eu te renuncio, Satanás, e a todas as tuas obras e estratagemas’. A igreja católica, a igreja ortodoxa oriental e muitas outras igrejas adeptas de ritos litúrgicos ainda requerem esta renúncia como parte da confirmação. Por alguma razão, essa renúncia desapareceu da maioria das igrejas evangélicas. Você deve não só apenas acatar a verdade, mas também renunciar Satanás e suas mentiras”

Outro autor é o Dr. Kurt Koch, estudioso alemão que recebeu título que maior conhecedor da demonologia em toda Europa. Ele também tem falado sobre a oração de renúncia,

“No tratamento com pessoas sujeitas ao ocultismo, porém, a oração de renúncia tem um profundo significado. Por quê? Todo pecado de feitiçaria é um pacto com as trevas. Pela feitiçaria damos ao nosso inimigo mortal um direito de propriedade sobre nossa vida (...) ao fazer uma oração de renúncia, a pessoa anula, tanto oficial como juridicamente, os direitos de Satanás. O obreiro, ou quaisquer outros irmãos presentes servem como testemunhas dessa rescisão do direito de propriedade. Alguns teólogos modernos fazem troça destas coisas, mas o diabo as leva muito a sério. E isso poderíamos atestar com centenas de exemplos”.

O Dr. Koch mais adiante falando dos benefícios desta oração, faz uma observação deveras importante, “Para pessoas que procedem de tribos pagãs, a oração de renúncia é de suma importância. Meu amigo Peter Jamieson, o chege dos Wongai, relatou-me o seguinte: ‘Muitos convertidos caem outra vez porque não renunciam às práticas de feitiçaria da tribo” . O que eu tenho visto também é exatamente isso. Pessoas e mais pessoas carregando fardos terríveis e sendo duramente retaliadas pelos espíritos, por não terem ainda quebrado estas alianças passadas.

Em último lugar, para não delongar-me nas minhas citações quero também fazer menção a Mark Bubeck, um autor bem conhecido aqui no Brasil, principalmente após a tradução para o português do seu livro “O Adversário”. Embora não estivesse lá, pude a pouco tempo ver em vídeo uma palestra de Bubeck quando esteve aqui no Brasil, especificamente em Lavras, uma cidade de Minas Gerais. Dentre os ítens relacionados como fundamentais para a libertação de uma pessoa, mencionou também a oração de renúncia. Segundo Bubeck é fundamental que se faça uma listagem dos envolvimentos passados com os não–deuses e então se faça uma renúncia específica e completa de todas estas práticas. Relatou ainda ele que nos Estados Unidos os líderes satanistas estão ‘programando’ as mentes dos seus fieis, para que após fazerem os mais diversos ritos e pactos, não muito tempo depois, não consigam se lembrar de mais nada. Mas por quê fazem isso? questionou Bubeck. Qual seria o objetivo de apagarem das mentes das pessoas os ritos feitos nas sessões satânicas? Ele responde que com isso os satanistas querem dificultar esta pessoa de mais adiante, caso se arrependa, renunciar estes vínculos com o diabo. É uma estratégia bem bolada do inferno. Mas sabemos que o nosso Deus pode trazer à tona tudo aquilo que precisa de fato ser verbalizado, através da confissão e renúncia.
Não somente estes autores, mas tenho lido sobre muitos outros que tem descoberto a importância da oração de renúncia para aqueles que se achegam a Cristo. Mas donde vem tal prática?Teria ela algum respaldo histórico? É sobre isto que falaremos agora.

sábado, 9 de outubro de 2010

Alianças do Passado - Parte 1


“Muitos dos que creram vieram confessando e denunciando publicamente as suas obras. Também muitos mágicos dos que haviam praticado artes mágicas, reunindo os seus livros, os queimaram diante de todos. Calculados os seus preços, achou-se que montavam a cinqüenta mil denários” (Atos 19:18,19)

Talvez o principal questionamento a se fazer aqui seria: Mas no ato da conversão as alianças com os antigos deuses e também todas as outras já mencionadas, não estariam automaticamente canceladas? Esta é uma pergunta séria, merecedora de uma resposta igualmente séria. Em minha experiência, eu não sei até que ponto, mas tenho visto muitos presos a pactos do passado, mesmo já genuinamente convertidos ao Senhor. Mas como isso é possível? Vamos discorrer neste momento sobre isso.

Não sei se está lembrado, mas já afirmei pelos menos por duas vezes neste livro, que os estudiosos afirmam que as alianças no mundo antigo tinham caráter irrevogável e permanente. Ou seja, quem as fizesse, precisaria cumpri-las. Coisa terrível, e que atrairia grandes conseqüências, seria alguém agir em desacordo com as alianças já estipuladas. Mas geralmente, os antigos consideravam a seriedade de um pacto e prezavam no cumprimento do mesmo. É por isso que Behm chega a afirmar, “Não há garantia mais firme de segurança legal, paz ou lealdade do que a aliança” . Isto quer dizer também que as pessoas envolvidas numa aliança podiam ter a segurança de que as partes envolvidas, por considerarem a seriedade do ato, cumpririam o que prometeram. Há inclusive uma palavra de Paulo quanto a isso, que sugere a mesma idéia embutida na aliança, “Irmãos, falo como homem. Ainda que uma aliança seja meramente humana, uma vez ratificada ninguém a revoga, ou lhe acrescenta alguma cousa” (Gálatas 3:14)

O nosso Deus sabendo que alianças prendem pessoas no mundo espiritual e igualmente podem colocá-las em contato com forças espirituais malignas, ordenou a Israel enfaticamente: Não façam alianças com os seus deuses, com estas nações, não estabeleçam matrimônio com os seus filhos....Mas o que aconteceria caso alguém firmasse estas alianças, em desobediência ao Senhor? Há um exemplo na Bíblia que pode muito bem ilustrar isto.

A Aliança entre Israel e os Gibeonitas
De alguma forma todos nós já escutamos esta história. Deus havia ordenado ao seu povo que quando entrasse em Canaã, não deveria firmar qualquer pacto ou aliança com aqueles habitantes. Ele estaria entregando cada nação nas mãos de Israel. Entretanto, os Gibeonitas, um povo manhoso que pertencia à descendência de Cão, arma uma estratégia astuciosa e conseguem enganar a todo o Israel. Indo até Josué, disseram, “chegamos de uma terra distante; fazei, pois, agora aliança conosco” (9:6). Diz o texto bíblico mais adiante que nem Josué e nem qualquer de Israel, foi até o Senhor para lhe pedir conselho. “Então os israelitas tomaram da provisão e não pediram conselho ao Senhor. Josué concedeu-lhes paz, e fez com eles a aliança de lhes conservar a vida; e os príncipes da congregação lhes prestaram juramento” (9:14,15). Sucedendo-se os fatos, ao cabo de três dias, foi descoberto que haviam feito uma aliança com um povo que estava incluso na lista daqueles a quem Deus dissera: Não façam com eles aliança! Agora, não podiam mais ser exterminados (pois havia uma aliança que lhes proibia isto), por isso teriam que cumprir o acordo estipulado. Que lástima!

O fato é que os anos vão se passando e Israel vai avançando e conquistando a terra que Deus lhes havia prometido. Passo a passo, Canaã foi sendo conquistada. Deus estava então cumprindo aquilo que havia prometido. Quando após Israel possuir uma grande quantidade de terras e consumir com diversos povos inimigos, Josué já estava bem avançado em sua idade. Nos capítulos 23 e 24, lemos as suas últimas palavras. Após uma longa exortação, Josué conclama Israel a renovar sua aliança com Deus. Veja parte do seu discurso,

“Agora, pois, temei ao Senhor, e servi-o com integridade e com fidelidade; deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais além do Eufrates e no Egito, e servi ao Senhor. Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do Eufrates, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (24:14,15)

Lemos mais adiante que todos aqueles que ouviram a palavra de Josué, quebrantaram-se e decidiram firmar mais ainda seu compromisso com o Senhor Deus. Prometeram que estariam observando as leis e os mandamentos. Veja isso no texto abaixo,

“...Então disse o povo a Josué: Não, antes serviremos ao Senhor. Josué disse ao povo: Sois testemunhas contra vós mesmos de que escolhestes ao Senhor, para o servir. E disseram: Nós o somos. Deitai, pois, agora, fora os deuses estranhos que há no meio de vós, e inclinai o vosso coração ao Senhor Deus de Israel. Disse o povo a Josué: Ao Senhor nosso Deus serviremos, e obedeceremos à sua voz. Assim, naquele dia, fez Josué aliança com o povo, e lha pôs por estatuto em Siquém” (24:21-25)

O que Israel fez aqui foi uma aliança com Deus, de fidelidade a Ele, em todas as circunstâncias. Abandonaram imagens dos antigos deuses, se arrependeram de seus pecados e decidiram seguir integralmente o Deus de Josué. Aqui houve mesmo uma ‘renovação de aliança’. O ponto onde eu gostaria de chegar é exatamente este: Você acha que com esta atitude de arrependimento e também com a renovação da aliança feita com Deus, automaticamente, o pacto com os gibeonitas no passado, foi anulado? Israel ficou livre desta aliança? Se você conhece o resto da história, responderá que não. Mais a frente veremos os prejuízos desta aliança com os gibeonitas.

Após a liderança de Josué, veio o período dos juízes (cerca de 300 anos ao todo). Depois disto vem a monarquia, quando então Saul é eleito como o primeiro rei da nação. O que aconteceu é que Saul em um de seus ataques contra os povos, se sabia ou não da aliança não temos informações, desfechou um forte ataque contra os Gibeonitas, exterminando com muitos deles. Mais adiante, após Davi suceder Saul no reino, houve um período de grande seca e esterilidade sobre Israel. Davi foi consultar ao Senhor, e veja a resposta que Deus lhe deu acerca do problema,

"Houve em dias de Davi uma fome de três anos consecutivos. Davi consultou o Senhor, e o Senhor lhe disse: Há culpa de sangue sobre Saul e sobre a sua casa, porque ele matou os gibeonitas” (2 Samuel 21:1)

Em outras palavras, Deus está dizendo a Davi: Lembra-se daquela aliança que Israel fez com os gibeonitas onde prometeram preservar-lhe a vida? Pois bem, Saul quebrou esta aliança...Por isso há culpa de sangue sobre Israel. Com isso ficamos a imaginar a extensão e a força espiritual de uma aliança. Este pacto com os gibeonitas havia sido feito há mais de 300 anos atrás e ainda assim estava trazendo prejuízos sobre a nação.Mas o que mais me impressiona também é o fato de que como vimos, Israel no fim da vida de Josué, renovou sua aliança com Deus, se arrependeram, e ainda assim, esta aliança passada permaneceu...Por que isso acontece?

Se pensarmos no nosso contexto atual, podemos fazer afirmações semelhantes. Nossa teologia sempre nos ensinou que quando alguém vem a Cristo, se porventura realizou no passado pactos espirituais dos mais diversos, no momento em que se converte, renovando (ou fazendo) assim sua aliança com Deus, tais coisas são automaticamente anuladas. Não é assim que pensamos? Mas porque com Israel as coisas não foram desta forma? Este povo que desobedeceu ao Senhor, logo em seguida não havia realizado um novo pacto com Deus? Isto por si só não quebraria as alianças passadas com os gibeonitas? A história mostra-nos que não. Deus lhes disse: vocês estão presos a uma aliança do passado!

Veja a pergunta de Davi aos Gibeonitas sobreviventes, “Que quereis que eu vos faça? E que resgate vos darei, para que abençoeis a herança do Senhor?” (v.3). Que coisa maravilhosa sabermos que o nosso resgate já foi feito, quando Jesus Cristo veio e se entregou por nós. Com isso, estas alianças espirituais do passado podem ser quebradas totalmente. Mas somente pelo sangue de Jesus!

Salvação em 7 minutos - Decida-se!

Olá Amados!

Vejam este video com atenção, pois sua mensagem e muito importante, para todos nós, desejo-lhes um otimo final de semana, que Deus esteja com cada um, espero que este feriado próximo seja repleto de bençãos, e providencias do Senhor!



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